Olá, leitores assíduos!
Hoje iremos falar um pouquinho
sobre os efeitos da vitamina C no organismo humano e suas influências na
atividade física. Vejamos:
Durante a prática esportiva,
existe uma consequente liberação maior de radicais livres. E o que são
radicais livres? Pode-se dizer que são átomos ou moléculas em desequilíbrio,
altamente reativos, com um ou mais
elétrons não pareados, que vêm em busca de outro elétron. Ao tentar seu
equilíbrio, o radical livre vai na direção de outro elétron, que pode estar
na membrana ou no DNA do núcleo.
Dados experimentais confirmam que
durante a prática de atividade física prolongada de alta intensidade pode-se
aumentar em 10 vezes ou até mais o consumo de oxigênio nos músculos, o que
intensifica a produção de radicais livres, gerando lesão das células e
tecidos. Essas lesões podem ocorrer pois as moléculas de oxigênio, na
necessidade desesperada de se estabilizar quimicamente, formam o superóxido
que, por sua característica polar, acaba danificando as membranas celulares e
os tecidos.
E isso não para por ai! Os indivíduos
que praticam exercícios de forma intensa e extrema podem ter um aumento no
risco de doenças respiratórias, pois os radicais livres produzidos durante o
exercício afetam negativamente o sistema imunológico. Mas e agora? Quem poderia
ser utilizado para regenerar este sistema? A vitamina C.
O ácido ascórbico (Vitamina C)
é considerado um dos mais potentes antioxidantes, podendo atuar juntamente com as vitaminas A
e E, por sua capacidade em doar elétrons e inibir os radicais livres,
diminuindo em até 30% o estresse oxidativo.
Outro fato relacionado à vitamina C, é que ela tem papel essencial no tecido
conjuntivo, cartilagem e tecido ósseo (auxiliando na formação de colágeno), tecidos
altamente essenciais no desempenho de um atleta.
Estudos demonstraram que a
suplementação com a vitamina C por um tempo prolongado pode causar benefícios
em relação à dor e à lesão muscular, e ainda melhora a condição física, pois,
participa do retardo do inicio da fadiga.
Em condições normais, nosso organismo utiliza de 3 a 4% da vitamina ingerida, já o atleta de atividades intensas, tem um consumo de até 70%. Mas com nem tudo é perfeito, existem os efeitos colaterais de uma superdose da Vitamina C: diarreia e distúrbios gástrico-entéricos, excreção de oxalato e formação de cálculos renais, excreção de ácido úrico, aumento na absorção de ferro podendo levar a uma sobrecarga, diminuição nos níveis de vitamina B12 e cobre, aumento na demanda de oxigênio e até mesmo efeitos pró-oxidantes são alguns deles. Por essas consequências torna-se essencial o acompanhamento especializado para sua suplementação para que chance de um efeito adverso seja menor. A vitamina C é sintetizada pelas plantas e pela maioria dos mamíferos, porém, nós seres humanos não a sintetizamos, daí a necessidade de sua ingestão diária através da dieta. O mais indicado seria a ingestão diária de alimentos ricos nesta vitamina ou usar a suplementação conforme indicação de um nutricionista. Estudos confirmam que ela é melhor absorvida em menores doses e várias vezes ao dia, dessa forma as dosagens plasmáticas serão mantidas constantes ao longo de todo o dia. Boas fontes alimentares de vitamina C são, além de todas as frutas cítricas, o tomate, a pimenta vermelha, o rabanete, hortaliças de folhas verdes, manga, kiwi, melão, couve-flor, batatas, mamão, morangos, entre outros tantos.
É importante dizer que para
exercer sua função antioxidante, a vitamina C em forma de ascorbil, deve
estar sempre associada a outros antioxidantes, caso contrário ela terá um
efeito oxidante.
Vale lembrar mais uma vez que
qualquer tipo de suplementação deve ser acompanhada de perto por um nutricionista.
Então é isso, vida saudável com alta performance!
Até mais!
Por Marcela Facundes de Novais
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Referências:
Livro: Dieta
Ortomolecular – Dra. Sylvana Braga. Novo século editora
Livro:
Nutrição no esporte – Marcelo Saldanha e Reury Frank Pereira- Coleção Alta
performance
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