sexta-feira, 25 de maio de 2012 | 0 comentários | By: --- Nutrition Trainning ---

Hormônios Pancreáticos

Olá seres ativos da internet!
     Hoje no blog continuaremos o assunto que para a maioria não está relacionado à atividade física, mas que está profundamente relacionado ao exercício, e principalmente, à uma vida saudável. Como foi dito no post anterior, o ser humano possui uma série de hormônios que controlam a maioria das reações fisiológicas (respostas ao ambiente e estímulos externos). Hoje veremos dois hormônios produzidos pelo pâncreas, a Insulina e o Glucagon.

Insulina

     A Insulina é o hormônio secretado pelas células-β do pâncreas, e é responsável pela exposição dos receptores GLUT-4. Esses receptores são proteínas da membrana celular responsáveis pela captação de glicose da corrente sanguínea para dentro das células que precisam de energia (isso é, todas as células do corpo humano). A ativação do GLUT-4 é tão importante para a célula que desencadeia várias outras funções, como alterações nos ciclos do metabolismo de glicose desta forma:


    Com o reconhecimento da insulina, os receptores são expostos, aumentando a absorção de glicose e desta forma aumentando a produção de glicogênio, de ácidos graxos, a Glicólise (dependendo da necessidade celular) e a absorção de aminoácidos extracelulares e diminuindo a síntese de glicose, a quebra de lipídeos e a quebra de proteínas. A principal ação da insulina no corpo é nas células musculares (maior disponibilidade de energia para a célula) e nos adipócitos (armazenamento e síntese de ácidos graxos).
    A deficiência desse hormônio prejudica a absorção de glicose, por isso aumenta a fome, a síntese de glicose a partir de outros compostos e diminui o tônus muscular (a insulina também dilata vasos da circulação periférica), a absorção de aminoácidos e potássio. 

Glucagon

    O Glucagon tem ação oposta à insulina em praticamente todas as respostas. Ele é secretado pelas células-α do pâncreas em períodos de jejum, e ativa os processos necessários para a manutenção dos níveis sanguíneos de glicose, como a gliconeogênese e a glicogenólise. Para manter as atividade normais do corpo, ele ativa o catabolismo de outras substâncias nutritivas, as proteínas e os lipídeos, e ativa a quebra de glicogênio hepático, sustentando a concentração de glucose no sangue. Como já foi dito no blog, os lipídeos são quebrados em maior taxa após o esgotamento do glicogênio muscular e hepático, por isso o glicogênio é tão importante para o emagrecimento.
    
Concluindo...

     Estes dois hormônios pancreáticos estão diretamente relacionados ao fornecimento de energia ao corpo, pois além de diversos tecidos serem influenciados pelas suas ações secundárias, eles tem grande afinidade pelos tecidos muscular, adiposo e hepático, e por isso suas irregularidades causam sérios problemas, principalmente a hipo e hiperglicemia. 
    Para cuidar bem desse órgão vital, evite o consumo exagerado de carboidratos simples (Glicose, Galactose e Frutose) e principalmente em jejum, evite qualquer carboidrato não-complexo para não forçar as células pancreáticas a trabalhar subitamente.


Por Lucas da Silva

Fontes
Bioquímica: Torres, Bayardo B., Marzzoco, Anita. Bioquímica Básica. 3.ed, Guanabara Koogan
quarta-feira, 23 de maio de 2012 | 0 comentários | By: --- Nutrition Trainning ---

GH, endorfinas e atividade física

Olá, queridos leitores !

            No post de hoje falaremos um pouco sobre como dois dos importantes hormônios produzidos pelo nosso organismo são influenciados pela prática esportiva e vice-versa.
             A maioria das pessoas sabe, ou já ouviu falar, do sistema endócrino. Resumidamente, o sistema endócrino é aquele que auxilia na integração e no controle das funções do nosso organismo. Os hormônios produzidos e secretados pelo sistema endócrino afetam o organismo por completo! Regulam o desenvolvimento, o crescimento , a reprodução e atuam também na percepção quando algo não vai bem dentro do corpo, seja isso um fator físico ou emocional.
              Falando em hormônios, estes são substâncias químicas sintetizadas por uma glândula hospedeira específica e são secretados para a corrente sanguínea e transportados por todo corpo realizando múltiplas funções.

              Mas afinal, o que esses hormônios têm haver com a atividade física?  É o que vamos ver agora.

 HORMÔNIO DE CRESCIMENTO HUMANO (GH)

              O hormônio de crescimento humano (GH) é produzido pela glândula hipófise. Entre várias de suas funções , destaca-se sua capacidade de aumentar a captação de aminoácidos e de síntese proteica pelas células e redução na quebra das proteínas. Por ser um hormônio lipolítico, acentua a utilização de ácidos graxos como fonte de energia em detrimento ao uso da glicose, resultando em uma diminuição do tecido adiposo.  Atividades físicas praticadas de forma intensa estimulam a liberação do GH e, quanto mais intenso for o exercício, maior será a liberação de GH. Pode-se observar que esse aumento reflete em um efeito benéfico para o crescimento da musculatura, dos ossos e do tecido conjuntivo e também atua no aprimoramento da mistura metabólica durante o exercício agindo em harmonia com o glucagon estimulando a via gliconeogênica.

ENDORFINAS

              A endorfina é uma substância natural produzida pelo cérebro durante e depois de uma atividade física que regula a emoção e a percepção da dor, ajudando a relaxar e gerando bem estar e prazer. A endorfina é considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade, aliviando as tensões e sendo até recomendado no tratamento de depressões leves.




           Pode-se dizer que elas aumentam gradualmente em resposta ao estímulo físico durante a prática esportiva. A elevação da beta-endorfina durante o exercício aumenta em até cinco vezes em relação ao nível de repouso, tendo valores ainda mais altos ocorrendo no cérebro!

          Para os exercícios aeróbicos, a intensidade da atividade praticada é o que influencia a estimulação das elevações dos níveos da beta-endorfina. Para os exercícios de resistência física, a liberação da beta endorfina responde diferentemente aos vários protocolos de exercícios, com o protocolo de maior duração do exercício e os intervalos entre ação e repouso mais longos a resposta hormonal torna-se maior. A intensidade e a duração do exercício são então responsáveis pela concentração de endorfina no sangue.






            Um estudo comparativo entre um exercício aeróbico (com cargas crescentes de intensidade) e outro anaeróbico (com duração máxima de 1 minuto) encontrou concentrações plasmáticas aumentadas de endorfina de forma muito semelhante. No exercício aeróbico esse nível alto de endorfina foi encontrado após ter sido alcançado o limiar anaeróbio (cerca de 75% do VO2 máx). Observou-se também relação direta entre as concentrações de endorfina e outros hormônios relacionados à atividade física como o ACTH e adrenalina. Entretanto, o efeito mais notável das endorfinas chama-se “Alegria do exercício” que é um estado emocional desencadeado pelas endorfinas  descrito por alguns como euforia e jovialidade durante a duração do exercício físico.



            Existem diversos outros hormônios que atuam na prática esportiva. Durante o decorrer do blog mostraremos em outras postagens as ações deles também no organismo humano quando relacionados à atividade física. Fiquem atentos às atualizações! 
              Até mais !
                 
Referências :
Tratado de Fisiologia Médica Guyton & Hall ed. 11
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922000000600001&script=sci_arttext

Por Marcela Facundes de Novais


segunda-feira, 21 de maio de 2012 | 0 comentários | By: --- Nutrition Trainning ---

Cafeína e atividade física

A cafeína é o ingrediente ativo do café e pode ser encontrada também em outras bebidas e alimentos, como chás e plantas. Pertence a um grupo de compostos lipídicos solúveis, as purinas, quimicamente conhecida como 1, 3, 7, - trimetilxantina. Embora muitos atletas utilizem a cafeína com o objetivo de aumentar o rendimento em atividades físicas, seus efeitos podem trazer riscos ao organismo. Sua contribuição em atividades físicas vem sendo estudada desde a década de 70, porem existe várias controvérsias sobre esse tema.




Por ser uma droga estimulante psicomotora, tem efeitos sobre a mente e o corpo do indivíduo, gerando euforia, excitação, aumento da capacidade motora e diminuição de fadiga. Seus efeitos ergogênicos sobre a execução da atividade física aparecem em doses de 3 a 5mg/kg, 1 hora antes do exercício, bem evidente em atividades de endurance (longa duração), força e potência. Efeitos gerados a partir da capacidade que a cafeína tem de facilitar a liberação de epinefrina, estimular à vasodilatação, a lipólise, a glicogenólise, e age como um broncodilatador. O aumento da lipólise pode diminuir o gasto do glicogênio, levando o atleta a resistir maior tempo ao exercício prolongado Um estudo realizado com corredores de provas longas que consumiram aproximadamente 10mg de cafeína por kg de peso corporal, constatou aumento de 1,9% no tempo de esforço até a exaustão, resultando em uma significativa melhora na performance do atleta, porem essa quantidade de café ingerida ultrapassou o limite estipulado pelo comitê olímpico internacional (COI)
O COI considera doping se a concentração de cafeína na urina do atleta estiver superior a 12mg/ml, pois cerca de 95% da cafeína ingerida é metabolizada, pelo fígado, permanecendo apenas 5% na forma original. Esse valor é excretado, quando aproximadamente 4 a 7 xícaras de café são ingeridas em 30 minutos, variando de acordo com o funcionamento do metabolismo do individuo.
A cafeína mostra também efeitos benéficos na pratica de atividades curtas, com tempos menores de 25 minutos, não pelo mesmo motivo que em exercícios endurance, mas por outros fatores, principalmente a estimulação neura e muscular.




O consumo moderado de cafeína não trará riscos à saúde caso seja ingerida em moderação, pois ela atua como antagonista competitivo dos receptores para adenosina, um depressor do sistema nervoso central depressivo. Porem, como tudo em excesso é maléfico ao organismo, com a cafeína não seria diferente. O abuso desta droga pode trazer efitos colaterais como: agitação, ansiedade, irritabilidade, tremor das mãos, insônia, dor de cabeça, irritação gástrica, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial e em casos extremos a overdose pode ocorrer. A quantidade letal de café para boa parte da população é 150-170mg/kg de peso corporal.





Por Vitor Leão



Fontes:
Google imgens